12 dezembro, 2006














A MORTE FOI DE FÉRIAS (curta)
Realizada pelos alunos de Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia da Lusófona, em 2006

«Quando eu digo que o cinema não existe, que o que existe é o teatro e que o cinema é um processo de fixação audiovisual do teatro, é porque é aí que ele é rico, que é verdadeiramente distinto do teatro, que é rápido, que é efémero. Se eu digo que o cinema não existe, é da mesma maneira que podia dizer que a vida não existe, que o que existe de facto é o teatro. Porque a vida escapa-se-nos a todo o instante, o momento de agora é já perdido, e portanto o que nos resta da vida é o teatro».

Manoel de Oliveira

03 dezembro, 2006















LUÍSA TODI
Uma mulher invulgar


Numa época tão adversa à participação das mulheres nas artes de palco, sobretudo no nosso país, com a mui devota rainha D. Maria I a proibir tais “ousadias”, Luísa Todi não deixou de deslumbrar as cortes europeias que a reconheceram como um dos maiores talentos do canto lírico do séc. XVIII.
As suas capacidades vocais e a grande expressividade e emoção com que interpretava as personagens, deram ao seu trabalho um cunho único e revolucionário.
Luísa Todi estava à frente do seu tempo e por isso o seu legado é universal.
Prestar tributo a Luísa Todi, uma das maiores cantoras líricas portuguesas de todos os tempos, é reconhecer não só a sua genialidade mas também a sua coragem como mulher e como artista.
Tal como no seu tempo, ainda hoje as adversidades são imensas para as artes e seus protagonistas. Por tudo isto, aqui fica a homenagem possível mas sincera, resgatando ao efémero a memória duma mulher invulgar.
O teatro deve-lhe esta evocação.

DV